Como à ti, Amor, houve um profundo pensamento,
E nós podíamos pensar, sim, dum modo perfeito,
Falávamos dos fogos das ideias que se expandiam.
Mas não queimou como nós imaginávamos,
De tal maneira feroz duma melodia repensada,
Somente éramos o clamor de palavras que amávamos,
Porém tolas, perdidas palavras de significado em pedaços.
Se assemelhavam a um descuidado discurso de um tolo,–
A vida viajando com medo pelo escuro,
É como o menino que atirava ao lago pedras como consolo,
Atingiriam elas lugares abissais?
Perigosas são as estrelas, mas é o nosso nascimento,
E nós viajamos pelo tempo nelas,
Como as palavras de ar, feitas deste estrelado sentimento,
Tão doce como uma alma encantada da terra.
Como vozes que somos deste vento mundano,
O grande vento do destino do mundo,
E girou, como o ar pelo contorno sonoro, tão humano
E à mente com desejos maravilhosos.
Mas não no mundo como uma tempestade abalada,
Sem suportar por inteiro o peso desse vento,
Com tal pressa a nossa palavra se torna esplêndida
Como as trevas preenchidas com o lume.
Para o Amor nós usamos o som de uma canção,
E o Amor significa o que a nossa vida exerce,
Fazendo nossas almas serem sílabas da multidão
Dos tons de uma música repleta pela exaltação.
Nós voamos na cega velocidade deste mundo fatal,
Como a chuva que sopra por esses campos enlameados;
No entanto, desejamos ao futuro deste casal,
As alegrias cantadas com adoração.
Sim, feito de acaso e todo o labor em disputa,
Vamos sendo carregados por esta forte chama;
Pela uma linguagem, o Amor mantem uma conduta
Que se apoderou da vida, queimando no coração a história.
Sim, Amor, nós somos teu, a tua felicidade,
Teu pensamento dizemos com toda alegria,
A consciência mortal da imortal plenitude,
Com zelo falamos do Amor na glória de amar.
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