terça-feira, 5 de julho de 2011

Hino do Amor

  Nós somos teu, Ó Amor, nascido de ti e em ti feito,
  Como à ti, Amor, houve um profundo pensamento,
  E nós podíamos pensar, sim, dum modo perfeito,
  Falávamos dos fogos das ideias que se expandiam.


  Mas não queimou como nós imaginávamos,
  De tal maneira feroz duma melodia repensada,
  Somente éramos o clamor de palavras que amávamos,
  Porém tolas, perdidas palavras de significado em pedaços.


  Se assemelhavam a um descuidado discurso de um tolo,– 
  A vida viajando com medo pelo escuro,
  É como o menino que atirava ao lago pedras como consolo,
  Atingiriam elas lugares abissais?
  
  Perigosas são as estrelas, mas é o nosso nascimento,
  E nós viajamos pelo tempo nelas,
  Como as palavras de ar, feitas deste estrelado sentimento,
  Tão doce como uma alma encantada da terra.


  Como vozes que somos deste vento mundano,
  O grande vento do destino do mundo,
  E girou, como o ar pelo contorno sonoro, tão humano
  E à mente com desejos maravilhosos.
  
  Mas não no mundo como uma tempestade abalada,
  Sem suportar por inteiro o peso desse vento,
  Com tal pressa a nossa palavra se torna esplêndida
  Como as trevas preenchidas com o lume.


  Para o Amor nós usamos o som de uma canção,
  E o Amor significa o que a nossa vida exerce,
  Fazendo nossas almas serem sílabas da multidão
  Dos tons de uma música repleta pela exaltação.


  Nós voamos na cega velocidade deste mundo fatal,
  Como a chuva que sopra por esses campos enlameados;
  No entanto, desejamos ao futuro deste casal,
  As alegrias cantadas com adoração.


  Sim, feito de acaso e todo o labor em disputa, 
  Vamos sendo carregados por esta forte chama;
  Pela uma linguagem, o Amor mantem uma conduta
  Que se apoderou da vida, queimando no coração a história. 


  Sim, Amor, nós somos teu, a tua felicidade,
  Teu pensamento dizemos com toda alegria,
  A consciência mortal da imortal plenitude,
  Com zelo falamos do Amor na glória de amar.

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