terça-feira, 5 de julho de 2011
A Fera
“Na selva de pedra do dia-a-dia jaz latente algo em você-
Pudera descobrir o que há no segredo por detrás do Salto-do-Tigre”
Fera! Fera! Queimando n'um clarão
Na floresta desta ilusão,
Qual mã'ou olho em correria
Poderia não ter medo desta simetria?
Em que precipícios ou céus distantes
Queima o fogo de olhares ondeantes?
Em que asa'se atreve a sobrevoar,
Qual mão ousaria se auto-projetar?
Dando os ombros e, qual concepção
Poderia torcer os tendões de seu coração?
E quando teu coração começou a bater,
Que mão terrível ameaçou lhe ofender?
Qual martelo? Qual era a corrente?
Qual fornalha 'teve seu cérebro dormente?
Qual bigorna? Afinal o que vós temeis
Ao se ousar ouvir os fechos mortais?
Quando os astros lançaram suas lanças,
O céu foi regado com suas lágrimas,
Será qu'Ele parou seu trabalho à te olhar?
Fazendo de ti um cordeiro pront'a se guiar?
Fera! Fera! Queimando n'um clarão
Na floresta desta ilusão,
Qual mã'ou olho em correria
Ousaria moldar sem medo esta simetria?
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