domingo, 10 de julho de 2011

Na Medida da Possibilidade

                                                   “Traição com intenso desejo-
                                                     Devemos a isto perdoar?”










  Ao longo do campo íamos juntos,
  Um ano atrás, com beijos e afagos,
  Sentei-me sobre uma fria pedra,
  Estive pensando nesta notória redra,
  “Oh! Quem somos e por que beijei-a
  Como amante”- intensamente amo-a!
  Dois namorados prontos p'ra casar,
  E o tempo nos fará aprender a se amar,
  Mas ela na cama, mentiu na terra'cima,
  E Eu de lado a me culpar em lástima.


  E com certeza sobre este chão antigo,
  Outro amor bem maior andará comigo,
  E se suspendeu no álamo tão erguida
  Suas folhas duma leve chuva em seguida,
  E Eu soletrei diante da sua agitação,
  Mas ter tentado segurar em sua mão,
  Tenha a feito entender perfeitamente
  Que a traição de longe seria abertamente,
  Algo frutificante p'ra nossa futura paz,
  Enquanto ela pensava em outro rapaz.


  _______________________________________________________


  Nota:


  “Estive pensando nesta notória redra,”


  Quando o Eu lírico para pra pensar na situação do seu relacionamento com a sua namorada, ele percebe que tal como no ato de redrar que significa cavar de novo(as vinhas) pra tirar as ervas nocivas, sua vida precisa mudar dali em diante pra que algo de bom possa ser construído na sua vida afetiva. 

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Para o Meu Amor

                            Introdução


 Este é um poema que tem como base inspirativa uma determinada pessoa.
 Logo ele é qualificado como intimista e detém traços característicos do autor.
 Foi idealizado pelos sentimentos deste por ela e o jogo narrativo se baseia exclusivamente no mundo ambientado pelos dois, tanto imagético dele quanto tangível dos dois.
 Apesar de nem tudo que está descrito ter acontecido, ele serve como chave pra que se entenda os sentimentos do autor pela personagem que ambientaliza com ele.
  É por assim dizer seu desejo a ser realizado, ela se torna a fonte inspirativa dele e além disso acaba se tornando o propósito de suas ações.
  É sutil explicar isso mas poderia ser dito duma forma em que ele por possuir uma base não só psicológica, mas também física utiliza-as para conseguir se manter e evoluir como pessoa para que possa desfrutar do que produz enquanto pessoa ativa no meio em que vive.
  Acredito ser este o grande propósito das pessoas, unindo todo os fatores em que são ativas na sociedade em que se compõe, desfrutam do resultado no seus meios íntimos, seja como a simples manutenção de gastos e por conseguinte a base para uma família feliz.
  Então é este a finalidade do trabalho, dos estudos, seria a ajuda mútua das pessoas como uma observação explícita que nos leva a compartilhar o fruto deste resultado com os seres que amamos.
  Se esta obra fazer ela sorrir e respirar o mesmo ar que respirei enquanto escrevia o nosso poema, que concorde intimamente e que sinta o amor que flui pelos versos do autor para o ser a que tanto a ama.
   
                                 Capítulo I




  [...]Pude ver sua silhueta mover-se,
  Enquanto eu movia meus dedos...
  Até sua insinuante forma de deter-se
  Ao contato do seu peito que ofegava!


  Eu agora me recordaria até do mais leve
  Movimento de seus pés. O som contido...
  Que desejo tanto na minha mente quanto na
  Sua delicada forma de se deitar novamente.


  E enquanto dorme delicadamente de lado
  Posso viver ao seu lado e, transpirar encostado
  Ao seu corpo cálido, vívido e sonolento
  Que esbarra por entre minhas pernas.


  As persianas estão fechadas, mas iremos abri-las
  Pela manhã. O tempo está frio e com certeza
  Choverá pela manhã e a tarde esfriará
  Mais do que o previsto e encosto-me a ti.


  A noite está mais fria do que esperávamos...
  Você gosta de dormir bem quentinha e nem nota,
  Mas faz um gesto amoroso com as bochechas,
  De quem gosta sentir o calor enquanto dorme.


  Você costuma virar de lado toda a noite,
  É o seu jeito, às vezes me aperta com carinho
  Ou vira para o outro lado e nem se lembra mais
  De mim, ao certo é a hora que adormece.


  Como eu quero conserva-la perto de mim!
  Seja entre minhas lembranças, as do meu presente,
  Do meu passado e as do porvir que nascem de nós
  Dois, então continue e pause toda vez que me olhar.


  [...]E são nossos olhares que se cruzam,
  Nossos narizes que se roçam toda manhã,
  E as nossas mãos que continuam firmes
  E quentes toda vez caminhamos pelo parque.


  Você vive falando coisas tão belas sobre ele,
  Como é gostoso o ar, os bichos que vivem lá,
  Eu retomo o início da conversa de que como você
  É linda falando assim e você me dá um beijo.


  Com aquela pausa que sabe fazer, rindo e dizendo
  Seriamente ao mesmo tempo, conseguindo me elevar
  A um ponto de felicidade indescritível com palavras.
  Eu ainda quero viver e reviver cada dia pra viver isto.


  Mas isso tudo foi ontem pela tarde, agora estamos à sós,
  Nós dois no nosso ninho. Sinto vontade de beber algo
  E caminho até a cozinha e deparo-me com os objetos
  De que você tanto gosta e penso neles como em ti.


  Se cheguei até esse ponto, foi graças a você
  Meu amor! E até que ponto posso demonstrar esse amor?
  Chego a contar mais uma página febril,
  Das muitas que minhas têmporas sentem longe de você.


  Perto ou longe, correndo ou parada, você é o caminho
  Da minha jornada e, trilho ela a cada dia,
  Seja com um simples bom dia ou em ajuda em que tento
  Levar jeito só pra ver sorrindo a fonte da minha felicidade.


  É incrível como posso antecipar cada nuance que se lança
  Em seu peito, ele parece pular do coração aos lábios
  Me ofertando um abraço delicioso ou um beijo
  Que as minhas bochechas pedem com tanto carinho.


  Você está pensando novamente com a pose
  Que me deixa na posição de contemplação,
  É tudo o que me resta ao ver seus olhinhos
  Piscando inocentemente e pedindo mais um abraço.


  Haveria eu de não ter encontrado a tão sonhada paz
  Junto a você, quando me toca de leve nos cabelos
  Dizendo pra que se cuide em mais um dia de trabalho,
  Ou mesmo quando chego em casa?


  Então é esta a tão sonhada paz que todos nós
  Desejamos, ela que ao se anunciar nos pega
  De surpresa e muitas vez acorda de noite sussurrando
  -Encontrastes o teu amor, não o percas de vista.


  Você, que me reverenciou em um momento tão
  Especial, em que do silêncio se criou uma esfera
  Da mais perfeita bondade e esperança junto aos
  Meus sonhos, tão quietos e penetrantes.


  Não é de se intrigar, por que não te amar?
  E por que não fico curioso ao saber que toda vez
  Que escrevo uma onda de paz me toma a face
  E não posso esconder um largo sorriso?


  Eu acredito que ama-la é tão natural e tão sadio
  Ao meu corpo e será que existe algo que me faça
  Mais bem do que todos os dias ter um beijo seu
  Antes de me entregar a ocupação cotidiana?


  São tantas as perguntas e todas se respondem quando
  Se calam ao toque dos nossos lábios,
  Elas se quedam, se respeitam e se penetram em 
  Nossos corpos quentes de tanto carinho.


  Acho que tudo isso é um anúncio que devo fazê-la
  Acreditar como a mais profunda verdade
  Que sou a pessoa certa para ocupar o seu coraçãozinho
  E me tornar guardião dele.




                                        Capítulo II


  É uma responsabilidade e tanto cuidar
  Do seu bem-estar, proteger e zelar
  Pela sua felicidade, acho que assim posso
  Me considerar um ser realizado.


  Devemos a cada dia cuidar da nossa saúde
  Para transpirar alegria a quem amamos
  E assim darmos mais um passo dado 
  Na direção da nossa plenitude.

  A sua experiência me faz planejar diversas
  Formas de manter e assegurar o que com tanto
  Esforço e carinho nós construímos e sei que irá
  Se manter e ser respeitado por muito tempo.


  Eu me valho dela, toda vez que sinto uma certa
  Dúvida de algo, amo a sensibilidade feminina
  E sempre que posso pergunto como uma criança
  Inocente a forma mais justa de agir.


  E então, você delicadamente me responde
  A forma mais sábia de se fazer algo e, 
  Logo em seguida manhosamente
  Muda o tom desejando a minha sabedoria.


  Formamos inúmeras vezes nossa própria
  Maneira de estarmos contentes consigo mesmo,
  Ela é perseverante a cada estilo que tem
  O nosso toque de experiência.


  Experiência essa que me atribui diversas
  Formas de expressar o que sinto por ti,
  Seja em poesias, em afagos, ou na minha
  Vontade de que me vejas com orgulho.


  Quero tanto que tenha em mente
  Que me veja todos os dias de sua vida
  Duma maneira orgulhosa,
  Te pondo num patamar de mulher realizada.


  Te cativo todos os dias, através do meu esforço
  Como torço, pra que ele seja sempre
  Natural e sincero e, cativando-a
  Sei que nada que faço é em vão.


  Retribuir tal cumplicidade que provém da
  Sua fonte de amor verdadeiro,
  É como se Eu pudesse estar em sintonia
  Com algo que não quero romper.


  Toda a sua família me abraça como um filho,
  Que alegria poder estar ao lado deles,
  Vendo os meninos correrem e depois
  Ofegantes me pedirem algo gentilmente.


  Toda essa partilha que você me confia,
  Faz de mim e me torna alguém
  Confiante, também confio em ti
  E espero corresponder à sua altura.


  Posso ler em seus olhos o que falta ainda
  A fazer, é por isso que todos os dias,
  Logo cedo, ao raiar do meu pensamento,
  Digo a ele que me dê forças pra seguir adiante.


  Tendo a força você é a luz, unidas posso
  Caminhar para meu trabalho e respirar 
  Aguardando novos desafios, são horizontes que 
  Se desdobram diante da minha iniciativa.


  Essa vontade de vencer e construir algo
  Mantendo peçinha por peçinha em seu
  Devido lugar é fruto dos desejos que tanto
  Nutrimos um pelo outro.


  Saiba que irei agir sempre assim enquanto
  Tiver forças e equilíbrio mental irradiando
  Em meu corpo, saiba então mais uma vez
  Que hoje é mais um dia de te mostrar.


  O que será visto por nós dois e todos que
  Amamos, estamos inaugurando hoje,
  Precisamente no minuto que me beija
  E encosta as mãos em meus ombros.


  Futuramente será visto e revisto por eles, 
  Eles baterão palmas e as crianças.
  Sim, são as que você imagina serem, 
  Irão vir correndo deitar-se no seu colo.


  Sei que é preciso acumular muito conhecimento,
  Vontade e ter a real visão de que tudo isso
  Será feito por nossas duas mãos,
  Juntas são quatro saudáveis partes de um só ser.


  Então quando muitas coisas forem 
  Se revelando, irei colocar cada uma
  No lugar que lhe cabe, você rirá
  E irá dizer que adoro me organizar.


  Sou assim mesmo, do jeito que retratas
  Com sua visão doce e ao mesmo tempo
  Sábia de interpretar-me.
  Isto é tão reconfortante.


  Então viva meu amor,
  Seja feliz e, alegre-se com o fato
  De que cada célula e cada minúscula forma
  Desse todo nos convide a viver no mundo.


  Viva a realidade, deixe que a verdade da
  Tão sonhada esperança se manifeste,
  Por que assim teremos muito que viver 
  Ainda e serei o seu tão sonhado amor.

terça-feira, 5 de julho de 2011

O Salmo do Heroísmo



  Eu sei,
  Sim eu sei,
  Sei do que realmente se passa contigo,
  Pois eu também
  Passo o mesmo.


  Sei da sua necessidade de ser lido,
  Sei da sua necessidade de ser reconhecido,
  Da necessidade de ser lembrado,
  Da necessidade de ser cultivado,
  Da necessidade de se fazer ouvido,
  Da necessidade de se fazer amado,
  A necessidade que nos comove,
  A necessidade que nos choca,
  A necessidade que nos tira do atrito
  Áspero entre o chão e a realidade da vida.
  A necessidade de ficar orgulhoso
  Toda vez que uma mão amiga
  E uma voz sábia
  Lhe cumprimenta com um sorriso
  E um novo aprendizado.
  A necessidade de se mudar algo,
  Mesmo que em si mesmo,
  Passando através do outro
  E retornando imaculado 
  Como sempre foi
  A sua fonte original.
  A tão gentil e pueril
  Necessidade de se prestar o bem.
  De repartir o bem,
  De cultivar o bem,
  De sondar o âmago do outro
  E traduzir fielmente
  Por entre braçadas vigorosas
  No mar de emoções
  O que está dragado
  Lá embaixo
  No abissal de todos nós.


  Sei que a principal função 
  Dessa dinastia mercantilista
  É fazer um holocausto
  Com os nossos sentimentos.


  Às vezes nos sentimos
  Como o gado
  Num comboio
  Desses seres vis
  Que nos tratam com o ferrete,
  Causando-nos chagas profundas,
  Nos martirizando profundamente
  Por entre nossos sonhos
  De sairmos deste pasto mesquinho
  Ganhado à troco 
  De atravessar esse lamaçal
  Repleto de criaturas invejosas,
  Que nadam, mordem, estraçalham
  Nossa frágil carcaça sentimental.
  Só queremos ser pássaros livres
  Por este céu, mesmo que o dia
  Esteja plúmbeo, 
  Sabemos que ele é índigo
  Por natureza
  E alçarmos vôo como
  Jovens águias em busca
  Do primeiro alimento
  Ganhado com o nosso próprio esforço.


  Então vamos sair,
  Tendo em mente
  O salmo que nos refrigera,
  Que nos revigora,
  Que nos dá a plena convicção
  Que podemos sair desta caverna escura
  E lutarmos
  Contra as feras.


  Então vamos,
  Eu tomo a dianteira
  E você cuida da retaguarda,
  Cuidado com suas investidas
  De seu suborno,
  De sua corrupção,
  De sua esquizofrenia,
  De sua psicopatia,
  De sua não-sei-quantas 
  Loucuras.
  Não deixemos
  Que elas nos machuquem,
  Elas que só visam 
  Nossos músculos sadios,
  Querendo nos infectar
  Com qualquer ardil 
  Que possa
  Nos tirar do embate
  Cara-a-cara
  E corpo-a-corpo
  Com a vida.


  Ela que esconde tanta beleza,
  Tanta sabedoria,
  Tanto poder
  De nos deixar aos seus pés,
  Mas por livre e espontânea vontade.
  Por que reconhecemos
  Humildemente
  A sua benevolência para conosco,
  Reconhecemos
  Amavelmente
  Os frutos das quais ela irá
  Frutificar aos nossos olhos.


  Podemos fazer algo então,
  Interrogaremos este monstro,
  Interroguemos o por que dele nos tratar assim,
  Interroguemos o por que dele ser assim,
  O por que dele querer sempre se sobrepujar,
  O por que dele sempre se fazer de vítima quando vê que vai ser derrotado,
  Pedindo clemência qual figura hipócrita à mercê do vitorioso.
  O por que dele ter tanta inveja,
  O por que dele não querer dividir algo bom conosco?
  O por que de sempre retirar a mão quando precisamos de um aperto caloroso,
  O por que dele nunca nos olhar diretamente nos olhos?
  O por que de sempre esquivar o olhar quando vê que vai ser queimado
  Nas cinzas e não irá renascer em mais peito algum que conseguimos
  Edificar uma palavra de esperança e compaixão?
  O por que de sua vivência ser manchada por tragédias da maledicência.
  O por que dele querer que tudo seja tão maquiado, automatizado,
  Robotizado, perfeito dentro de moldes, nos apertando
  Nos asfixiando,
  Nos estufando
  Nestes moldes
  Pelas quais
  Não temos necessidade
  Alguma de sermos aprisionados.
  Enjaulados
  E dopados
  Com seus medicamentos
  Paliativos.


  O que nós queremos mesmo,
  É a vacina,
  É a contravenção,
  É reverter o processo
  Que esse mundinho
  Que mais se assemelha
  A um submundo,
  Tenta nos corromper,
  Nos difamar,
  Nos execrar.


  O que mais me vem a cabeça,
  À sua e na milhares de jovens,
  Que também cantam
  Este salmo,
  Que também choram baixinho
  As palavras deste salmo,
  É fazer mudança,
  Fazer tumulto organizado,
  Desatar os nós dessa baixaria,
  Pegar balde e sabão
  E limparmos essa rua banhada de sangue
  Glorificada pela sola de algum
  Banqueiro corrupto.


  Queimarmos esse código obsoleto
  De que tudo está-bom-do-jeito-que-tá,
  Uma-mudança-de-cada-vez-mas-sem-apertar-meu-calo
  Seu burguesinho
  Metido a sonhador.


  Eu digo,
  Eu vos digo,
  Não somos apenas sonhadores,
  Somos desbravadores,
  Somos aqueles que irão reconquistar 
  O paraíso perdido.


  Iremos botar ordem nesse palanque
  Social.
  Iremos dar cabo, lição de moral
  E tudo o que tivermos ao nosso alcance
  Para tirar desse pedestal de arrogância
  Os pregadores que não querem sair.


  Vamos pegar martelo e chave-de-fenda
  E desconstruir essa máquina repudiável,
  Vamos atear fogo aos projetos megalomaníacos
  De manipulação em massa.
  
  Vamos ser os olhos 
  Os ouvidos e a boca
  Com fome de mudança
  Daqueles idosos
  Que mal conseguem
  Comer, ver e ouvir
  O que há tanto tempo
  Esperam ver, ouvir
  Ou que o sabor da comida
  Venha ter um realce 
  De verdade.
  De comida que pode ser comida
  Sem perigo
  De não faltar o que comer amanhã,
  Do dinheiro que a custo
  Conseguiram em suas vidas
  Possa ser revertido 
  Para sua saúde,
  Para os estudos daqueles que amam
  E querem ver subir na tribuna
  E recitar orgulhosamente
  Que se não fossem por eles;
  Pais, avós, tios
  Não estariam ali.
  O diploma reverberar e resplandecer
  Em seus olhos
  Mais uma vez o brilho
  Do orgulho meritório.
  O lazer que merecem ter,
  Uma viagem quem sabe
  Por algum canto inusitado
  E quente do nosso país mesmo.


  Precisamos nos dar esse desconto,
  Não temos mais dívida nenhuma
  Com quem quer seja,
  Já quitamos e temos saldo positivo
  Para o resto da eternidade.


  Como Ele já dizia.
  Seja remido os seus pecados
  E assim foram.
  
  Como a verdade búdica
  Ensina sobre a ilusão,
  Extinguindo assim a ilusão.


  Então façamos dessa intensa vontade
  Algo de produtivo,
  Em prol de nossos antepassados,
  De nossa geração
  E principalmente a geração
  Do porvir.


  Aquela que berra carinhosamente
  Em nossas mentes
  Banhadas por suor metafísico,
  Suor filosófico,
  Suor de um dia exaustivo,
  Suor de não ter as mãos
  O pano que sugue aquela depressão.


  Mas você e eu
  Sabemos que é um suor 
  Que tende a evaporar
  Dando lugar ao simples suor,
  Apenas por sabermos
  Da verdade
  Que nos inunda
  Como numa sauna quente.


  Devemos então pela última vez
  Rejeitar essa máquina que eles 
  Nos oferecem à troco de nada,
  Que está em pane,
  Que está desengonçada,
  Que está fazendo palhaçada.
  Que está nos tirando do sério.
  Fala sério!


  O que faremos com isso afinal?
  Você leva para o hangar 
  Enquanto Eu sei aonde está
  Os instrumentos que realmente nos
  Servirão de alguma serventia.


  Papel e caneta,
  Ou qualquer aparelho
  Que deixe-me expressar
  O que sinto,
  O que você sente,
  O que nós sentimos.


  Quero poder ver
  A mulher que você ama,
  Quero que veja a minha também,
  Como ela me deixa nervoso
  Só por estar ao lado dela,
  Como é sutil
  A sua beleza.
  Como parece que sempre 
  Que me deparo com ela,
  Vejo um brilho tão lindo
  Em seu olhar.
  Você vê o mesmo na sua,
  Não é?
  Somos poetas e sabemos
  Amar.
  Temos duas coisas tão lindas
  Em mãos.


  Então como irmãos,
  Não decepcionemos
  A chance que a vida nos dá,
  Caminhemos
  Frente ao mais duro incêndio
  E resgatemos os feridos
  E oprimidos
  Deste edifício
  Sustentado não sei por quantas
  Vigas já enferrujadas,
  Já apodrecidas, repletas de tétano,
  Sulfurosas.
  Infecundas.
  E já não tão seguras de si.


  Depois que haja o desmoronamento
  Natural que todas as coisas
  Que não se multiplicam
  Em nossos corações, em nossas visões,
  Se encarregando assim
  Do lugar virar um campo
  Sereno e que bate uma leve brisa outonal
  E nalgum cantinho
  Qualquer ter uma lápide
  Pra todos aqueles que não conseguiram se salvar,
  Estar inscrito um epiteto:
  ''Descansem em paz
  E a aonde estiverem
  Orem por nós
  Que aqui estão
  Lutando bravamente,
  Pois somos
  Homens comuns
  Que se assemelham
  A heróis em suas glórias
  Duma vida vivenciada
  E não numa benesse estática.
  Amém!''




  

Os Sábios

  Os sábios estão
  Contemplando as diversas formas
  Do ser vivo.


  Serenos, dormem ouvindo
  A canção de outono.


  

O Pégaso

  Rebater de patas contra a imensidão,
  No firme sereno ondas da vaidade,
  Do céu ao país da saudade,
  Toca a fantasia que o arremessa ao chão.


  Em asas instantes de libertação,
  Pelas estrelas ecos da imensidade,
  Com firme porte, vibra em sua naturalidade,
  Destinado porta o cetro e rege a canção.


  Em ritmo níveo endeusa a coluna,
  Indicando o tempo à sua atriz e aluna;
  Seu séquito brilha de enebrio.


  Do obstáculo faz a mudança,
  Transporta a cura em sua dança,
  Afagando a aura que reluz em mistério.

  

Entre Outras Coisas Que Ouço do Seu Coração

  Logo que a conheci
  Senti um trêmito
  Que despertou em mim
  Aquilo que há tanto tempo
  Eu mantinha guardado.


  Verdade que faltam
  Poucos dias para a data
  Em que todos os casais de amantes,
  Namorados, esposos ou seres
  Que simplesmente se amam,
  Em segredo ou que se expõe
  Com cara e coragem que persiste
  Em se mostrar celebremente
  Em suas faces,
  Irão brindar com toda a saúde
  Da qual são dispostos.


  Naquela noite,
  É verdade, que uma distância
  Enorme nos separava
  E muitas coisas
  Que a trazia naquele local
  Eram pra serem esquecidas
  Ou tentar serem apaziguadas.


  Aos poucos fui tecendo
  A minha teia de afagos
  Por aquele ser que se mostrava
  Relutante e cauteloso
  Em não cair
  Na teia ardilosa
  Das falsas paixões.


  Mereci cada golpe
  De sua verve indiferente,
  Indo de um lance a outro
  Espatifar na verdade
  Que era clara
  A olho nu.


  Uma verdade que sinto 
  Com a alma.


  E a senti com a minha alma.


  Senti seu coração 
  De menina
  Que brinca
  De ser gente grande.


  E em curtas passadas
  Que meus ouvidos de
  Criança atenta ouvindo-na
  Dizer
  Que ama homens mais velhos.


  Que velhice é essa?
  Velhice de um olhar,
  Velhice estampada
  Em velhos costumes
  Que lhe traz a velha
  Segurança de se sentir
  Abrigada e saber
  Que ficará velha,
  Mas de uma maneira
  Confiável.
  Pode ser também
  A velhice sentimental,
  Que faz juz a seres
  Como ela,
  Que necessitam da dose
  Rotineira que causa
  A tão comum
  Miragem sentimental
  Que a faz ver em homens
  Mais velhos do que eu
  A tão sonhada 
  Forma de se portar
  Como um homem sério
  E respeita-la como
  Uma mulher digna 
  E lhe dando a sensação
  De ser só dela.


  Mas eu me pergunto,
  E o meu ardor juvenil?
  Que irrompe
  Além-fronteiras
  Qualquer caráter
  Formal de respeito
  De nações aliadas,
  Indo atacar intrepidamente
  O posto adversário
  E pegando-o
  Desprevenido.
  Pilhando os seus sentimentos,
  As suas bases,
  A sua energia,
  A moral das tropas
  Que corajosamente
  Fazem ronda 
  Em sua mente de menina,
  Uma guerreira 
  Que a noite
  Monta o seu palco,
  Fazendo do silêncio
  Que ela tanto 
  Faz questão de dizer
  Que ama 
  E que procura
  E mesmo que seja
  Derrotada em combate,
  Não dando a 
  Nenhum inimigo
  A chance de que
  Irá treina-la
  Ou persuadi-la
  A sucumbir 
  A música.


  Essa vontade 
  Que mal consigo refrear.
  Indo o câmbio
  De minha noção
  E paixão contagiante
  Arrebentar em minhas
  Mãos frágeis e débeis
  Por seu contato,
  Loucamente
  Com meus lábios sangrando,
  Lábios ofendidos,
  Lábios riscados
  Por dentes sedentos
  Por sua saliva,
  Por seus próprios lábios,
  Tão opacos,
  Só de manhã,
  Mas a noite tão negros,
  Independente do batom
  Que usa-as,
  Lábios tão inusitados
  Que mal se lembravam
  Que aquela boca
  Que minha visão
  Sonhava embaçadamente
  Pulsando na vontade
  Apaixonada de toca-los,
  Lábio com lábio,
  Boca com boca,
  Sorriso com sorriso,
  Olho no olho,
  Fechados é verdade,
  Testa colada com
  Testa ardente,
  Iriam inoportunamente
  Bater em qualquer
  Poste sem sinalização
  Alguma de ''cuidado,
  Diminua a velocidade
  Não tão casual
  De sua paixão.''


  Ela
  Que deseja
  A fumaça
  Que sai descaradamente
  Da cigarrilha,
  Segurando com
  Suas pálidas mãos
  Sem nenhuma luva
  Para protegê-la
  De minhas mãos
  Que lhe ofertam carinho
  E que sobem a região
  Do ombro,
  Indo agarra-la
  Docemente
  E dizendo-lhe
  Juras
  Que lhe penetram
  Meigamente
  E sussurram
  Em seus ouvidos
  Colados em minha
  Língua de garoto
  Que fala a língua
  Que jamais
  Um cara
  Mais velho
  Que a teve em seus braços
  Teve a ousadia
  De lhe dizer.
  
  Passando qual
  Hércules 
  Por seus duros
  Trabalhos,
  Fui atravessando
  Os testes
  Que essa linda
  Esfinge punha
  Em minha frente,
  Dizendo-me
  ''Decifra-me
  Ou esqueça-me.''


  E não é que
  Numa bela tarde,
  Em que o que
  Ela mais precisava
  Era apenas
  De um pouco
  Da companhia
  De alguém
  Que a visse
  Como alguém
  Importante
  E digno de respeito
  E consideração,
  Eu dei
  Tudo isso
  A ela 
  E ela
  Maravilhosamente
  Abandonou
  Aquele seu tão 
  Costumeiro
  ''Tanto faz''
  E me deu
  A oportunidade
  De eu me tornar
  Importante,
  De fazer
  Naquelas duas horas e meia
  De conversa,
  Interrompida
  Apenas
  Por um pedido
  Tão maravilhoso
  Como o seu lindo
  Sorriso
  Que dizia
  Inexoravelmente à mim
  ''Só mostro-o
  A quem realmente gosta de mim
  De verdade'',
  Dizendo-me
  Com todo
  O ardor de uma alma
  Abandonada, 
  ''Reze por mim.''


  Eu que já fui católico,
  Eu que já fui a igreja,
  Eu que já recebi a hóstia
  Tão comum de alguém
  Que já foi batizado
  E não apenas sente-se
  Um ateu pragmático
  E com a derradeira vertente
  Derramando sobre
  A sua língua
  Mastigando o biscoito
  Tal como um excomungado
  Em desterro
  Só pra si mesmo,
  Escondendo de todos ali presentes
  O seu verdadeiro objetivo.
  A sua verdadeira
  Função de ser que no mínimo
  Respeita um lugar santo como aquele.


  Eu que vejo isso tudo
  Com olhos vazados
  E pés que mal conseguem
  Se sustentar
  Mas que ao ouvir dela,
  Um simples pedido
  De "salve-me,
  Alivie-me
  Um pouco do peso
  Dessa fase tão caótica
  Que estou vivendo",
  Reanima-me 
  Toda a energia
  Necessária
  Para acordar
  No horário
  Que combinei com ela,
  Orando fervorosamente
  Com toda a responsabilidade
  Da qual muitos 
  Que me amam,
  Depositam-me com confiança,
  Alguns escondidamente
  Outros convidando-me
  A tomar um sorvete,
  Ou mesmo
  Aquilo que eu ouso
  Deixar
  E me abraçar como
  Alguém apaixonado
  Perguntando-me
  Como foi a minha semana.


  Aos poucos
  Ela foi me contando
  Um pouco
  Da sua vida,
  Das marcas de expressão
  Que agora contornavam
  A sua linda 
  Face,
  Marcas que a vida
  Lhe causou,
  Marcas, incríveis
  Marcas que se contadas
  Uma a uma,
  Dariam 23.
  Número esse que agora
  É inevitavelmente
  O meu número
  Da sorte,
  Número esse que se juntado
  Ao meu dá 2023
  E não como ela
  Fatalmente afirmava 2046.
  Sei que é um excelente filme
  Esse,
  Respeito muito
  Não só esse, mas o 1984
  E 2001 também.
  Uma odisseia que todos
  Os diretores desses filmes
  Sequer imaginaram
  Em suas poltronas
  De diretor entre os sets
  De filmagem,
  Não,
  Eles não imaginam,
  Tenha certeza disso,
  Tenham certeza disso.


  Que sintam uma inveja saudável
  Ao me lerem, ouvirem, gritarem,
  O que pulsa calorosamente
  Do meu peito
  De apaixonado,
  Que vai mesmo 
  Que mancando subir
  Os degraus
  Que contornam
  Hermeticamente
  O seu singelo coração.


  Ou todos os tonéis
  Que irei derrubar
  E beber até a última gota
  O álcool que desde de criança,
  Nunca gostei de tomar, 
  Só para fazê-la
  Se sentir uma 
  Mulher amada
  De um homem
  Apaixonadamente bêbado
  Pela sua saliva alcoólica.


  Esses filmes nada sabem,
  Sobre a nossa paixão.


  Mas lá contém
  O seu fundo de verdade.
  
  Disso não irei
  Discordar. 


  Então me contou,
  Que ele ao chegar
  O seu aniversário
  Sequer
  Atendia
  Um simples telefonema,
  Para dizer como estava,
  O que sentia,
  O que sentia por ela,
  O que sentia ao 
  Completar mais um ano de vida.
  Queria mesmo sentir algo?
  Queria mesmo chorar de alegria
  Numa data tão importante
  Como essa ou desfrutar do silêncio
  E da reflexiva data que à ele 
  Se deparava,
  Ou para tristeza dela
  Apenas deixa-la
  Na triste expectativa
  Que a fez de palhaça,
  Não dando nem a mínima
  Satisfação de responder ao e-mail,
  Que ela lhe mandara,
  A mensagem na caixa de postal
  Que ela lhe mandara
  E nem a uma simples 
  Mensagem de texto
  Que também ela lhe mandara.


  E só você sabia 
  Que esperava 
  Desde a 0h 
  Do dia que antecedia
  O aniversário 
  Do seu ex-noivo,
  Tal como 
  A jovem apaixonada 
  Que tecia enquanto
  Aguardava nobremente
  O retorno
  De seu amado guerreiro,
  Que voltava com os troféus
  Ou ferimentos cicatrizados
  De outras paragens.
  
  Então mais uma vez
  Eu te pergunto,
  É com ele
  Que você quer ficar?
  Que por um milagre apareceu
  Para depois
  Dos 44 minutos do segundo tempo
  Em um jogo sem acréscimo,
  Dizer que ''acabou''.
  Isso que você que teve que ajuda-lo
  A dizer,
  Por que convenhamos
  É muito cômodo,
  É muito fácil,
  É muito mais prático
  Enganar-se,
  Enganar a companheira,
  Na simples ilusão
  De que a comodidade
  É o resultado
  De anos
  De árduos esforços
  Amorosos.


  É com ele que quer
  Dividir seus bens?
  Ser sócia financeira-afetivamente
  De um cara,
  Que tem medo
  De no momento
  Que tem que se fazer
  Algo
  Sai pela tangente.
  Francamente
  Acho que o seu corpo,
  Que seu espírito,
  Que sua inteligência,
  Que as oportunidades da qual
  Realmente merece
  Que se desdobram
  Tal como num calidoscópio
  De felicidade
  E mérito revertido
  Em segurança e tranquilidade,
  Mereça coisa
  Que a complete de um
  Jeito no mínimo,
  Sincero e menos esquivo.


  Você pode escolher
  Da forma que lhe aprouver
  O que quer pra si mesma,
  Mas saiba que em minha alma,
  Lá no âmago,
  Uma força tão latente e consciente
  Não a deixará naufragar
  Nem tampouco fracassar
  No meu íntimo desejo
  De abrir seus olhos
  De que você imagina 
  Que a visão do amor,
  Do nosso Eu afetivo,
  Irá passar
  No decorrer do tempo.


  Por isso mesmo,
  Sabiamente
  Só aproveitando-me das brechas
  Que você gentilmente
  Me mostra
  E indica
  Com seu indicador
  Que possui algumas
  Cicatrizes feitas
  Pela paixão ferida,
  Pela paixão ultrajada,
  Pela paixão corrompida,
  Pela tenra paixão,
  E só de ver isso 
  Me dá a sensação 
  De se fazer algo a respeito.
  Eu
  Que clamo,
  Que choro amargamente
  Só de pensar
  Em não poder ver
  Mais esse dedo indicador
  Me apontando
  Qual direção devo tomar 
  Daqui pra frente.


  Por isso na hora certa,
  Irei comprar as passagens,
  Irei organizar
  Os locais
  Que iremos visitar juntos,
  Quero você me dizer
  Faceiramente,
  Quando eu propuser
  Um passeio ao parque,
  "Você sabe que odeio
  Parques"
  "Vamos ao barzinho,
  Para beber feito gente
  Grande que só quer curtir
  A vida depois de um
  Dia exaustivo"
  Então eu direi,
  Por mim tudo bem.
  Vou tentar beber alguns goles
  Ao seu lado.
  "Tá ok, tanto faz, desde que
  Você esteja comigo  
  E sempre me dê
  A sensação de que você
  É meu por inteiro,
  Seja sóbrio
  Ou ébrio,
  Entendeu?"
  É esse "Tanto Faz" que quero
  Que tenha a divertida
  E ao mesmo tempo
  Séria conotação
  Que me faz tão bem de ouvir.


  Eu completarei
  Seu pensamento
  Dizendo da seguinte forma,
  Não irei desampara-la
  Em momento algum,
  Meu celular estará sempre ligado pra você,
  Meu coração sempre estará aberto pra você,
  As portas da minha casa estarão sempre abertas para você,
  Por que toda vez que você me liga,
  Toda vez que você entra pelo meu coração
  E toda vez que você me visita
  Você renova a minha vida por completo.


  Conforme você for aceitando 
  Tudo isso
  E eu ver que você mal
  Consegue fumar ou permanecer
  Com seus olhos abertos,
  Irei tocar gentilmente 
  Em seu braço
  Alertando-a que a levarei
  Sã e salva pra casa.
  Pegarei-a e levarei-a
  Até o estacionamento
  Dando-lhe um sonoro
  Beijo no que resta
  De confiança brindada
  A fortes goles de Martini
  Em sua boca de menina.
  Chegando em casa,
  Você tomara o seu 
  Banho de costume,
  Lavando toda aquela
  Atmosfera de balada
  De seu lindo e alvo corpo.
  Então irá me convidar
  Já banhada pelo aroma
  Convidativo do seu sabonete,
  A desfrutar duma verdadeira 
  Noite amorosa de jovens
  Que realmente se amam
  E que estão tentando
  Planejar um futuro
  Promissor enraizado
  Nas bases da verdade
  E do compromisso mútuo.


  Não se esqueça,
  Não irá durar nem 2 meses,
  Nem 2 anos.


  Irá durar muito mais.
  Nossos netos serão
  Testemunhas disso.


  Aquela remota possibilidade
  Que você inocentemente
  Sugeriu e expôs
  Com aquele notório
  Ar de que Eu não fosse
  Inconveniente,
  Já não existe mais.


  Está vendo
  Como a vida
  À vida nos toma de surpresa
  E muda num passe de mágica
  Toda a nossa verdade 
  Que a custo queríamos
  Acreditar nos oprimindo
  Através de nós mesmos
  E apunhalando todos
  Os seres de sentimentos
  Frágeis, mas que cristalizados
  No fel da infelicidade
  Se aproximavam da gente.


  Mas agora está muito tarde.
  Deixarei você dormir
  Tranquilamente esta já
  Não tão noite assim,
  Com a sensação de mulher
  Completamente realizada.
  Por que preciso,
  Como disse que ia fazer
  Até os restantes dos meus dias,
  Orar por você,
  Com todo o meu amor
  Por que sei que é isso
  Que devo fazer quando
  No momento
  Em que me disseste
  "Desejas o meu amor
  E a minha amizade;
  Ei-la."