Tantas vezes Eu tive o desejo de matar,
Enforcar uma garganta jovem e justa,
E apertar com minhas forças até o ar
Que lá permanecer sair a toda custa,
Tantas vezes Eu exorcizei o demônio,
Embora na testa pingasse o suor do mal,
E ainda sim Eu sei que desse domínio
U'a dúvida paira e me toma por anormal.
Eu sei que estou louco, Eu deveria dizer;
Os doutores, podem agora cuidar de mim,
Confinem-me numa cela sem Eu poder
De lá nunca, nunca libertar meu lado ruim,
Mas Ó quão cruel esta condenação seria!
Por que Eu sou jovem- e também atraente...
Ainda o demônio turvo vejo p'ra mi'agonia
E há apenas u'a coisa a se fazer de prudente.
Tantas vezes Eu virei as costas p'ra maldade;
O quarto, Eu sei que ele vai prevalecer,
E então Eu vou procurar os trilhos da cidade,
E colocar minha cabeça sem retroceder,
E da vista do trem escuro e ainda distante,
E na linha férrea ouvirei seu ruidoso trovão,
Vindo p'ra esmagar meu cérebro descrente...
Ó Deus tenha misericórdia em seu coração!