segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

O Jogo da Perfídia



I-Telefonema



Estive esperando por esse dia durante uma eternidade e agora que ela me ligava, às 3h horário do meu país, era como se um peso me saísse dos ombros e minha alma jazida no chão alcançasse a redenção que era ocasionada por um orgasmo sensorial, sendo antecipado por suas instigantes palavras afinando-me o apetite pela vida.


— Querido, quando iremos nos encontrar novamente? Eram as palavras iniciais que ela me dizia
— O trabalho aqui está me matando. Ser modelo não é tão fácil quanto imaginei. Estou tentando me acostumar a cultura francesa e a rotina desgastante de ser uma modelo. Verdade que gosto de ser uma artista fotográfica como você mesmo gosta de me chamar, mas ao término do dia de trabalho sinto-me cansada e quando volto para a casa da minha tia e vejo que estou sem você, isso me causa um aperto no coração que você nem imagina.
— Ah! Meu amor! Também estou morrendo de saudades tua. Eu completei em resposta semelhante ao seu desejo.
—  Quando pretende vir me ver?
— Meu passaporte acabou de ser entregue querida. Como não tenho que viajar para Israel para tratar de negócios de família poderei embarcar para Paris já na próxima semana
 — Isso é ótimo. Estarei te aguardando ansiosamente
 — Tudo bem então. Até mais e mil beijos da sua amada
 — Tchau meu anjo. Durma bem e tenha um excelente dia de trabalho amanhã.

  Depois dessa ligação dormi tranquilamente e tive um sono leve. Os dias que antecediam a essa viagem foram calmos e nós conversamos pelo telefone e messengers. A cada dia o nosso laço se desatava mais dando ao nó a sensação de solitude, por que os dias que nós veríamos já estavam contados.


II-Meu Passaporte para a França

Faltavam apenas dois dias agora para que chegasse o dia em que a veria em carne e osso. Queria ter a sensação corporal de vislumbrar aquelas carnes que encantavam o resto do mundo quando ela desfilava para o resto do mundo. Era uma responsável modelo, uma das mais queridas da agência.
Acordei cedo no dia da véspera da minha viagem, mandei a ela algumas mensagens via texto alertando-a do perigo iminente da minha sedutora chegada. Que ela preparasse o coração, atrelasse a razão e que configura-se toda as peças que dariam ao eixo das emoções dela a necessária segurança para que desfrutássemos juntos aquele romance.
Eu estava terminando a minha faculdade e ela com seus 19 anos tinha deixado de lado a faculdade para dar prosseguimento a carreira, mas que alguns anos depois iria desengavetar o seu curso de moda.
Já tínhamos combinado isso juntos antes dela viajar para os Estados Unidos e depois ter fixado residência na Europa.
Sempre tivemos um namoro impetuoso, repleto de lirismo e prazeres carnais.
Ela me refrigerava com sua beleza e sensibilidade na minha ânsia ao que realmente eu deveria fazer da minha vida.
Dormi bem na última noite antes da viagem.
O voo era para às 16h.
Despedi-me da minha família e então embarquei naquele domingo nublado e frio como é de se esperar no mês de julho aqui em São Paulo. Embarquei rumo ao conhecido prazer. Embarquei com sonhos que se realizariam numa também fria segunda chuvosa da cidade de Paris.


III-Chegada


Ainda bem que eu consegui aquelas tão sonhadas férias, mesmo que curtas, tanto da faculdade como do trabalho.
Quando embarquei e sentei-me na minha poltrona vi pessoas que se assemelhavam no aspecto a frias marionetes sem tesão, sem amor, aquelas cabeçinhas alemãs, anglo-saxãs e mais alguns de ascendência árabe que provavelmente poderiam ser terroristas disfarçados em trajes de senhores comportados mas que ao mais leve indício de brecha exposta iriam levantar a voz de “avião sequestrado” botando todos os passageiros no mais ensurdecedor desespero aéreo, mas eles mal sabiam que eu era detentor de uma bomba-relógio em pleno peito de apaixonado que também ao mais leve indício duma brecha exposta dinamitaria todo o meu amor a pleno pulmões, faltavam poucas horas para isso acontecer.
Você estava me esperando no aeroporto. Tão linda como era de se esperar. A alvura da pele do seu rosto é divinamente encantadora. Seus cabelos negros e seus lindos olhos verdes dão um contraste como de uma ninfa. Como a beijei afetuosamente no saguão do aeroporto, recolhendo as malas daquele check-in. Fomos abraçados rumo ao táxi que nós deixaria sãos e salvos em nossa residência.
Uma fina chuva caia sob o Charles de Gaulle. O aeroporto estava agitado mas ao mesmo tempo amenizado por aquela aragem tão comum dessa época do ano na região.
Pegamos o táxi e paramos em frente a seu apartamento. Subimos e deixamos as coisas no seu quarto e então saímos novamente para jantar. Tínhamos combinado um belo jantar em um restaurante badalado da capital parisiense.
Tivemos uma excelente noite, comi pouco e bebi muito, coisa que eu nem você fazíamos, mas a data exigia uma comemoração à altura. Os bulevares estavam bem agitados e muita gente bonita passeava pelas ruas daquela fria e agradável noite. Fomos a Galeria Lafayette e você eu nos presenteamos mutuamente, cada um escolhendo um acessório da qual o outro gostava. Os shoppings parisienses são irresistíveis mesmo.
Então voltamos para o seu apartamento e tomamos um banho bem quente e reconfortante, você trabalhou muito hoje e estava precisando duma bela meia hora numa hidromassagem para relaxar a pele e se preparar para o nosso verdadeiro encontro.

IV- Laços Sexuais


Eu estava esperando-lhe na sala, quando você me chamou já pronta e vestindo uma tênue lingerie preta. Entrei delicadamente e fechei a porta da suíte. Sua tia havia ido viajar para Bruxelas e só voltaria daqui cinco semanas. Teríamos tempo para retirar o atraso de tanto tempo com a tão deliciosa comunicação carnal. Era esse os pensamentos que em meu divã imagético rondavam na minha mente de louco namorado sedento.
Então tomei a dianteira, comecei a beijar seus ombros e você se contorceu um pouco ante a sensação daqueles beijos colados que ora desciam pelos ombros ou subiam até o pescoço.
Suas mãos começaram a se esgueirar pela minha calça e num movimento rápido brincavam com meu zíper. A essa hora já estava com meu membro completamente ereto por baixo da cueca e da calça. Afoguei-me por entre seus cabelos negros que lembravam uma lagoa escura de uma floresta brenha e sem comunicação exterior. Um pio que se assemelhava ao de uma coruja se ouvia abafadamente afora pelas janelas já fechadas e o apartamento numa calefação maravilhosa.
Estava só, um herói que transcende a si mesmo, enfrenta os perigos e sortilégios duma viagem, conseguindo organizar tudo para que naquele instante seja a musa, o troféu de sua vitória.
Apertei com tesão seus braços frágeis de garota esguia, agora era eu que iria desfilar por aquele corpo alvo e nu ante ao meu corpo alvo e ainda vestido.
Suas orelhas foram sendo mordidas levemente, refrescando-lhe a audição dos meus sussurros de pretensioso. Fechava a palma de minhas mãos pelo seu queixo de boneca, era composta do mais rico Céladon o formato de sua face. Tal como o caranguejo que com sua pinça invicta constringe num apertar a vítima de sua intenção e, a minha era da mais pura malícia, fazendo qualquer pudicícia que restasse na atmosfera se evaporar pela onda quente que ainda se insinuava pelo banheiro.
Enquanto eu beijava seu pescoço você ainda se divertindo tirava sutilmente a minha camisa, beijando gostosamente meus mamilos e meu peitoral. Meu abdômen estremecia a cada leve mordida que sua boca felina dava-me. Era uma perfeita sinestesia saber que todos os meus sentidos e muito além disso estavam em convergência naquele exato instante com a boca que tanto amava.
Foi num lance para as minhas mãos e chupava os meus dedos, mordiscava minha palma de garoto que treme tal qual na sua primeira relação sexual. Eu mordia seu cotovelo, suas costas dando leves cócegas que você a custo tentava controlar, mas eu percebia que estava eufórica por dentro.
Então tomou as rédeas da situação e tirou com as duas mãos minhas calças, ficou contemplando e eu também a sua visão das minhas pernas. Elogiou-me dizendo que ajudou bastante aqueles meses de academia, dava tesão só de passar as mãos por aquelas coxas de homem. O que em retribuição eu dei uma leve inclinada até suas coxas e fiz-lhe um carinho passando as mãos e dei uma mordida demorada o que a fez estremecer, depois levei minhas mãos até a sua virilha, você teve um leve choque dando uma leve gemida. Ah! Quem disse que sexo é só prazer e o resto é negócio está muito equivocado. Cometeu um erro grave ao afirmar isso, se soubesse com que amor e saudades estava da mulher que tanto amava e que poderia naquele instante celebrar meu amor junto com ela, iria mudar essa opinião supérflua que tem desse ato tão gostoso e maravilhoso.
Você agora muda levava as minhas duas mãos para aqueles seios tampados com aquela lingerie negra e eu me fartava com minhas mãos naquele monte de prazer eterno. Não resisti e acabei puxando sua vestimenta, coloquei-a em cima da sua cabeceira e beijei como se estivesse beijando sua boca seus lindos bicos, prolonguei a língua por entre seus rijos e brancos seios, dando leves chupadas e sutis mordidas, além de brincar com as pontas dos dedos pelo seu outro seio e aperta-lo de vez em quando duma maneira mais forte. Após você me brindar com esta notável conquista da parte superior de seu alvo corpo foi a vez de você descer até a região da qual já estava sedenta de tomar posse, sua boca seca já mordia meu abdômen mais uma vez e esgueirava a língua pela minha virilha e, foi descendo até o ponto de encontro tão aguardado por um namorado repleto de volúpia.
Começou com uma das mãos segurando com incrível interesse e rigidez, seus punhos me masturbavam com notável maestria e sua língua percorria a lateral do meu membro rijo. Depois languidamente se estremeceu um pouco e tocou com os seus veludos lábios a minha glande, beijando-a inocentemente e depois fazendo movimentos de repuxo com a boca chupando-a magnificamente. As mãos eram importantes auxiliares neste encargo prazeroso, elas ficavam te dando apoio por entre minhas coxas e então num gesto de carência, levou suas salientes nádegas até a minha face e, parando com a agradável movimentação que meu pênis estava sentindo, disse afetuosamente “Divirta-se também meu amor”, logo em seguida disse “Você não sabe o tempo que esperava para sentir você novamente colado a mim”, eu respondi “Eu também vivia com o peito a arfar toda vez que você me vinha ao pensamento, era doloroso e ao mesmo tempo gostoso sentir saudades suas.”
Fiz como ela me pedia e minha língua atravessou aquele túnel mágico que em cima era escarpado, por um promontório. Rochedo esse que me fazia tal como o alpinista tendo que escalar com as próprias mãos as pedras que lhe dão tão prazeroso divertimento, ter a exata ideia de que desse penhasco jamais fosse me jogar, não sem antes usar de um bom para-quedas e daí então avultei-me naquela maravilhosa vagina que estava depilada para ocasião. Por falar nisso, amo quando ela está sem aquele monte de Vênus, gosto de saber que a região que circundeia os grandes lábios, clitóris e regiões vizinhas tão boas de se visitar estejam totalmente depiladas dando-me a sensação aveludada que o restante da pele de outras regiões de seu corpo me causam.
Fiquei me divertindo em trazer a pura manifestação da minha língua ante aquele pedaço de céu semi-aberto e pulsando de tesão. Engolia a seco e me repunha para mais algumas manobras “linguísticas” literalmente, pois estava inefavelmente tomado pela incorpórea presença do caçador que consegue enamorar-se no leito da sua deusa. Minha garganta também pulsava e com que duros custos não tive que sair daquela deliciosa tarefa de succiona-la. Você também parou de tocar a música enebriante que tirava com notas magistrais com sua boca musical da minha flauta. Realmente, devo admitir que dela saem notas esplendidas de se ouvir.
Mas a verdade é que pulamos para algo ainda mais delicioso.
Tomei-ao colo e fui me encaixando por cima de ti, até que você entre respiros levasse uma das mãos ante a sua vagina.
Ela estava toda molhadinha das minhas lambidas de garoto apaixonado.
Tremia e ao mesmo tempo se punha em guarda ante a invasão bárbara.
Então peguei aquele braço para o canto da cama, encaixando as minhas mãos e prendendo-na e introduzi meu pênis por aquele recanto sedento a vários meses por uma apaixonada penetração.
Você não escondeu o primeiro gemido e soou mais alto do que os anteriores, sua parede vaginal tentou se deslocar contra o ataque adversário, tentando quem sabe bater em retirada, mas nada pode fazer e começou a relaxar por completo deixando-me livre para gozar do livre direito de ir e vir por aquelas terras férteis.
Aos poucos começou a se acostumar com aquele membro rijo dentro de ti e pedia-me carinhosamente que penetrasse até o limite, o talo era o céu, mas há outro limite além do céu.
Eu beijava sua boca avermelhada que parecia tingida dum rosicler ao alvorecer.
Também lhe dava carinhosos beijos de esquimó, nossos narizes se entrechocavam como arquirrivais durante sua derradeira batalha.
Suas sobrancelhas se eriçavam e eu cantava assim, manisfestado no mais puro lirismo, a versificação do meu ser em carne, eu era o criador e ao mesmo tempo criação dessa cena de puro amor que a natureza nos contemplou.
O meu canto era elétrico, seu corpo eriçado pelos choques e um blecaute era sentido na epiderme.
De tão gostoso que estava este deleite, comecei a aumentar o ritmo das penetrantes estocadas em seu refrescante e ao mesmo tempo caloroso abrigo.
Era a casinha do meu pica-pau. É de rir de emoção realmente imaginando essas malucas reações da minha mente em ebulição, mas como loucos amantes é normal que isso venha acontecer.
Que seja assim, nesta louca paixão até os meus 40 anos e você já madura e bem salientada pelo encaixe de orgãos sexuais vindo a gozar comigo.
Dava pra sentir seu chacra sexual vibrando, um prazer tântrico ainda em efervescência pela primeira posição de penetração.
Seu prana parecia jorrar do meu pênis aos meus bíceps.
Mudamos de posição.
Você foi por cima.
Começou a me dar leves tapinhas na bochecha.
Até arriscou umas leves obscenidades.
Chamou-me de safadinho e começava a cavalgar feito uma amazona que estava indo para a prova de hipismo. Resta saber se o tamanho do meu pênis não a incomodaria ante as cavalgadas mais abruptas da qual o seu bumbum ofertava-me.
Que som maravilhoso aquele tum-tum do tambor que nada mais era do que as suas coxas e nádegas que caiam volumosamente em minhas coxas e parte da virilha.
Se insinuava em instigantes reboladas, ora pra direita, ora pra cima, ora caindo seu corpo cansado no meu de tanto rebolar feito bailarina diante da professora rígida. Beijava-me e respirava para retomar o fôlego e voltava ao derradeiro prazer.
Dominava-me com suas mãos e unhas arranhando-me por inteiro em cada lado da cama.
Eu era um domínio seu, explorava-me como desbravadora que era. Uma bandeirante digna de fazer parte da nossa trajetória histórica.
Era intrépida. Gostava de me ver também não conseguindo conter um gemido, por que aumentava o ritmo só de maldade fazendo-me abrir um pouco a boca para expirar o ar daquela transa e, assim colocava por criancice um dos dedos com aquelas unhas tão gentis em minha boca. Eu deixava seu dedo molhado com minha saliva de garoto tarado. Que tara fantástica era aquela.
Eu me pergunto, quem é que não quer transar amando a mulher que ama de verdade? Se isso for pecado que eu morra e vá para um dos círculos descritos nos trechos apologéticos do inferno. Sim, que eu vá, ou pereça feito condenado sem memória. Mas um limbo de cada vez, até mesmo os torturados precisam respirar para submergir ao naufrágio derradeiro.
Era um efeito dominó tudo o que estávamos passando, precisávamos daquilo e tivemos tal merecimento na cidade luz e romântica que possa existir.
Paris era testemunha do nosso incansável amor.
Eu era prosélito do seu corpo. Era parte indizível dele, queria ele todo para mim.
Cansar-me nele, revigorar-me nele, gozar com ele, fazê-la gozar sem pudor e crescer com a sabedoria que só essa tão amorosa sensação de duas almas refeitas de uma boa dose sexual podem obter com este casulo corporal.
Você então saiu com uma perna de cada vez do meu pênis e levou uma mão a vagina, como Eva ao se tampar perante outros ao se descobrir nua, esse gracejo teu me deu a iniciativa de pega-la e num assomo te deixar de quatro, penetrando tão rápido que nem teve tempo de dar um grito dorido, por que uma das minhas mãos tampavam sua boca e você roçava seus dentes na minha palma.
Deus! Como é delicioso transar assim. A hora exata para se germinar algo, mas experientes que éramos já havia te alertado a tomar pílulas anticoncepcionais, assim seu organismo estaria preparado para enfrentar cara-a-cara os resultados duma boa transa sem o uso de preservativos.
Eu a amava como uma irmã, a desejava como uma mulher e a possuía como uma perdida alma que finalmente encontra seu par que a completasse por inteiro.
Entre os mais diversos pensamentos que nos vinha a cabeça, você se contorcia e se remexia feito uma incendiária que procriava dentro de si um ninho em brasa, a mais pura fogueira de espermas.
Um vulcão acelerado, totemizado no meu imponente jato de fogo que dava contornos visíveis a sua deslizante forma de deixar toda aquela lava queimar os campos de seu íntimo.
A minha glande era o lugar aonde eu me concentrava com mais afinco e ela jorrava de alegria.
Eu com todo aquele tesão que estava sentindo tirei o pênis para fora e fiquei brincando com ele na entrada e observei sua vagina pulsando.
Queria gozar naquela posição, já eram belos trinta minutos de uma inesquecível relação sexual.
Mas me contive naquela excelente oportunidade de gozar gostoso e, era pelo fato que queria que gozássemos juntos.
Então a levantei e deixei-a no meu colo, comecei a apertar suas nádegas duma forma descarada e chupar seus seios, era o paraíso.
Penetrei na posição que te deixa completamente rendida e vou começou a pular feito gata que pula em correria um muro qualquer. Por que não fazer essa gatinha no cio, gemer pela vulva em pé também? Dei o meu melhor em estocadas certeiras e diagonais que feriam fundo o escudo do escudeiro que defendia nobremente a cidade sitiada. Você se ardendo, já enlouquecida por aquele membro tão bem encaixado que deslizava pela sua não mais vagina mas sim vulva de gata amainada, feria-me com suas unhas minhas costas como flechas numa saraivada de emboscada. Eu nem liguei pra isso, só abria-me o apetite ainda mais para continuar metendo na sua molhada vagina. Estava em êxtase, era um frisson de ambas as partes a prenuncia de tamanho gozo. E gozamos como nunca antes tínhamos gozado. Na hora abraçada a mim, com a vagina colada ao meu membro e eu te carregando nos braços, peito com peito, colados e extasiados, testa ardente com testa em frêmito rimos de alívio e nos beijamos como jovens apaixonados.
Deus! O que exatamente foi aquilo? Fui um ser contemplado por tal benção de sua parte.

V- Laços de Amor no Leito da Paixão

Tomamos um banho rápido juntos e só me lembro que cai feito pedra que rola o desfiladeiro.
Dormi como um santo em seus braços. Angelicalmente acordei antes do que você na manhã seguinte e preparei-lhe o café e levei em sua cama. Comeste feito uma bebê gulosa. Há há, como é lindo vê-la comer devagar os alimentos das quais tanto gosta. Me sinto como um pai fazendo isto.
Você depois teve que se arrumar para mais um dia da corrida jornada diária de modelo.
Levei-a na agência e depois tinha a cidade livre pra explorar. Queria visitar mais uma vez os lugares das quais tanto gostava. Pena que sozinho, mas teríamos um tempo livres pra nos divertimos naquela uma semana que tinha pra ficar contigo antes de voltar pra casa.
Só de pensar em como estava leve, tive uma empatia em saber que você também sentia o mesmo.
Assim decorreu uma semana, fazíamos amor e explorávamos a cidade com a lupa do interesse sadio de dois amantes nos seus momentos de folga.

VI- Despedida

No dia em que era para eu retornar ao Brasil, foste comigo novamente ao aeroporto e nós beijamos
como jovens almas que sabem que irão se reencontrar dentro em breve.
Ganhei um beijo jogado pelo ar como última despedida sua já na fila de embarque.
Acenei com os braços e lhe mandei outro beijo.
Quando cheguei ao avião, sentei-me na poltrona indicada na passagem que era pra janela e fiquei olhando depois que o avião decolou o céu pensando que alguns meses depois minha noiva seria a minha futura esposa.






sábado, 18 de fevereiro de 2012

Conforto


Diga! Você tem um monte de problemas--
Faliu nos negócios, perdeu sua esposa;
Ninguém se importa um centavo sobre você,
Você nem se importa p'ra essa vida penosa;
O azar desproveu a esperança sobre você,
Saúde anda ruim, você gostaria de morrer--
Por que, os raios do sol não brilham pra você,
E o céu azul, é grande p'ra se tanto sofrer.

Céu tão azul que faz você querer perguntar,
Se é o céu brilhando através de tudo que toca;
A Terra tão sorridente até atingir o mais além,
Um sol de tão brilhante que até me ofusca,
Pássaros cantando, flores a lançar em vaivém
Todos os seus perfumes no zéfiro aveludado;
Sombras dançantes, verdes, que se beijam,-
Não se lastime, você ainda possui isso tudo.

Destes, e ninguém poderá leva-los de você;
Estes, e ninguém poderá pesar seu valor único,
O que! Você está cansado, triste e machucado?--
Por que, você é rico! Tem a Terra e não é pouco!
Sim, se você é um vagabundo em frangalhos,
Enquanto as curvas do céu brilham com ardor,
Você tem quase tudo o que importa sem retalhos-
Você tem a Deus, e Deus é tão somente o Amor.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Abelha Rainha


Melífluo voo ao paradisíaco descanso,
Do doce lábio que corresponde ao beijo
Inusitado e ofertado tão gentilmente.
Tu buscas nos lindos pomares alegremente,
Trazendo ao teu amado deitado e inspirado,
Sob o jardim florido de interesse escondido.
Mostre sua linda face entre o sabor de seu mel,
Contando-me lindas histórias trazidas do céu,
Sobre as nuvens também quero estar
Por que desse horizonte também sei vislumbrar,
Que seja contigo voando em teus braços,
Enquanto carrego-a numa onda de abraços,
Concebidas numa aventura sequer imaginada,
Pelos que aqui estão em terra ilhada,
Não contemplam o que tanto vejo e amo,
Banhada no mais puro âmbar de um ramo,
Em que as folhas de outono balançam,
Por entre nossas carícias que se roçam
E uma a uma, são delicados raios açucarados,
Cristalizados no mel, e quando tocados
Apenas se dissolvem quando se mostra envergonhada,
E do suave fogo que usas para por em minhas mãos,
A teia tecida da ciranda iluminada dos amados irmãos.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Pura Desilusão


Queixo-me só, por não ter escutado antes,
Reduzi-me agora entre um tormento vão,
Apesar de ter achado tua presença alegre,
Mas meu coração não tem mais salvação,
E a generosidade e beleza irão ao túmulo,
Dentro deste corpo seco pelos queixumes,
Sempre distante do que era para ser vivido.

As alegrias nem poderão ser mais salvas,
Já que a tristeza é a minha companheira,
E você, que foi mais do que uma parceira,
Mais do que a Morte pode um dia vir a ser,
Apesar da consolação ser uma recompensa,
Que a tanto busco como última satisfação,
O suficiente para calar a agonia que escondo.

Eu procuro por fim com a humilde sabedoria,
Aceitar o que restou de que ainda tem valor,
E trazer até a mim e me despir da ignorância,
Que tem me observado atentamente na vida,
Pois ainda que insegura se manteve tão perto,
E se aproximou e inflou-se em meu coração,
Fazendo-me afastar de ti, sem ter mais volta.

Felipe Valle

sábado, 11 de fevereiro de 2012

A Morte a Tudo Cala!

  
Espírito soturno, dantes lutava tanto,
  A confiança, um dia te instigou perseverar,
  Não te visita mais! Fecha a porta sem olhar,
  Como casa inabitável pelo abatimento.

  Resigne-se, minh'alma, ao medonho espanto.

  Espírito abatido! A nume a lhe espreitar
  Acanhada não te seduz, esconde o recato,
  E vingando-se desvenda a Dor com seu tato;
  Carícia, cesse as gotas dessa fronte a suar!

  Errou-se no caminho, tomada de sobressalto!

  A Morte dia a dia aperta o nó do pacto,
  Como o angustiado no frio a lhe causticar,
  Os órgãos gerados, forçando a se revigorar,
  E que acorde desse sono e se torne cauto.

  Vais, levar-me, mesmo 'stando eu atento!


Felipe Valle

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Inesquecível Vislumbre



Este é o lugar. Fiquei parado relembrando,
Deixe-me rever a cena
E convocar do meu passado sombrio
O que aconteceu sem nutrir pena.

O passado e o presente se uniram
Abaixo desse tempo fluindo no turbilhão,
Como pegadas escondidas pela praia
Porém vistas nos lados sem apreensão.

Aqui ruma a estrada para a cidade,
Há uma faixa bem esverdeada,
Através da qual eu ia me encontrar contigo,
E ficavas maravilhada!

Na sombra deste pinheiro
Alguns frutos caiam na grama,
Entre nossos abraços e o insinuar dos ramos,
Que sombreavam a nossa cama.

O teu vestido era como os girassóis,
E teu coração brilhava de tão puro,
Acredito que um dos mensageiros de Deus
Andou comigo nesse dia e me senti seguro.

Eu pude ver o ramo das árvores
Curvarem-se ao seu toque dando-lhe fé,
As folhas do trevo na grama
Se levantavam e beijavam-lhe o pé.

O sono, o sono dos amantes, requer cuidado,
Da terra e sandice nasceu!”
Solenemente entre carícias ouvimos
O pio dos pássaros e algo em mim rejuvenesceu.

Através das persianas o sol dourado
Se derramava no feixe de poeira,
Como a escada celestial vista em sonho
Por Jacó simbolicamente dessa maneira.

E de tempos em tempos, o vento,
Se fazia presente pela casa,
Que construíamos vibrando com ardor
Na paixão que entrava pela entrecasa.

Ao longe se ouvia o sermão dos costumes,
No entanto, à mim não surtia efeito,
Pois falava em precaução e recato,
Ainda sim pensei em ti com respeito.

Mas agora, que pena! O lugar parece diferente,
E você, não estás mais aqui,
Parte daquele resplandecer que eu amava
Não encontrarei mais de quando a vi.

Apesar dos sentimentos, profundamente enraizados
Em meu coração como ciprestes
Negros e altos, subjulgando a luz do meio-dia
Suspirei incessantemente com soluços tristes.

Esta memória iluminou sobre o passado,
Como quando o sol, escondido,
Por trás das nuvens logo acima de nós,
Brilhava como num sonho revivido.

Felipe Valle



domingo, 5 de fevereiro de 2012

Sonho d'Amor

 
  Um jovem amor dorme
  No mês de maio do ano,
  Entre os lírios,
  Banhados à luz delicada:
  Cordeiros brancos vem do pastoreio,
  Pombas brancas constroem lá,
  E ao redor dela
  As flores-de-maio são brancas.

  Musgo macio do travesseiro 
  Por um oh! Uma suave bochecha;
  Leves folhas lançam as sombras,
  Sobre os olhos pesados:
  Há vento e as águas
  Crescem embaladas e pouco falam,
  O crepúsculo tarda
  O mais longe no céu.

  Jovem amor está sonhando;
  Mas quem deve contar o sonho?
  A luz do sol perfeito,
  Na floresta de tom embolorado,
  Ou luar perfeito
  Acima do córrego apressado,
  Ou o silêncio perfeito,
  Ou a música de lábios acarinhados.

  Queima odores à sua volta
  Para encher o ar sonolento;
  Danças tecem em silêncio
  Em torno dela de lá e para cá;
  Por um oh! Em vigília
  Os lugares não são formosos,
  E a música e o silêncio
  Não são como esses abaixo.

  Jovem amor está sonhando
  Até os dias do verão se forem,-
  Sonhando e cochilando
  Distante do sono perfeito:
  Ela vê a beleza
  Que o Sol não tem olhado,
  E gostos da fonte
  Indizivelmente profundos.

  Ela é a música perfeita
  Que faz na quietude do seu descanso,
  E através da pausa
  O perfeito acalma o silêncio,
  Oh! Pobres as vozes
  Da terra de leste a oeste,
  E a quietude pobre da terra
  Entre suas imponentes palmeiras.

  Jovem amor está adormecida
  Distante da sonífera morte;
  Sombras frescas aprofundam
  Em todo o rosto adormecido,
  Então cai o verão
  Com a respiração quente e deliciosa,
  E o que o outono tem
  Para nos dar em seu lugar?

  Aproxime as cortinas
  Da sempre-viva ramificada;
  A mudança não poderá toca-la
  Com os dedos enfraquecidos e secos:
  Primeiro as violetas
  Talvez com o botão-de-flor invisível,
  E uma pomba, pode ser,
  Retornaram aninhadas aqui.