domingo, 13 de novembro de 2011
Palco da Mentira
O que Eu tenho agora a perder?
Sendo pessimista, propus mudança;
Furtivamente fugindo e nem ver;
— D'história encenada desde criança.
Quero correr, sem deixar reviver...
Aquilo pungente — A corroer a lembrança!
Num rogo abafado, torno-te a ver...
Plácida, ereta: a me inspirar confiança.
Mas mudam-se os atores, e permaneço.
Inerte junto as esquálidas recordações...
Ai! O fardo brota, d'um simples abraço.
Recuso um falso aperto de mão dela.
E a mãe das necessidades são provações;
Encenadas n'agonia, vividas com cautela.
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