Por que conspurcar sua virgindade,
Se ainda temos muito que nos amar?
E tantas são as formas de intimidade,
Tanto do denodo, para a ti devotar.
O leito arrumado, do edredão a revelar,
Marcas apaixonadas de tua castidade;
Intacta — pois apenas quis lhe tocar,
Serenando o choro d'uma profundidade...
Meu corpo treme, indo 'té a cabeceira,
Releio o salmo, sussurrando os versos,
Enquanto dormes — pela luz clara...
O abajur, eu apago, e afago a tua mão,
Guardando na memória — santos textos,
E peço a Deus, a abençoar nossa união.
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