Antes que a tristeza venha com os anos?
Eles 'tão inclinando suas cabeças contra suas mães---
E que não conseguem parar de chorar.
Os cordeiros jovens 'tão a balir nos prados;
As aves jovens 'tão a cantar nos ninhos;
Os filhotes jovens 'tão brincando nas sombras;
As flores jovens 'tão a soprar em direção ao oeste---
Mas os jovens, jovens crianças, oh! Meus irmãos,
Eles 'tão chorando amargamente!---
Eles 'tão chorando no recreio dos outros
No país da liberdade.
Você pergunta às crianças na tristeza,
Por que suas lágrimas 'tão caindo assim?---
O velho pode chorar por seu amanhã
Que se perde ao longo do tempo---
A árvore velha 'tá sem folhas na floresta---
O velho ano 'tá terminando a sua geada---
A velha ferida, se atingida é a do abatimento---
A esperança da idade é a mais difícil de ser perdida:
Mas os jovens, jovens crianças, oh! Meus irmãos,
Vocês perguntam-lhes por que eles 'tão
Chorando dolorosamente no seio de suas mães,
Em nossa pátria feliz?
Eles olham p'ra cima, com os rostos pálidos e fundos,
E seus olhares são tristes de se ver,
Pro sofrimento do homem abominável, aperta-se
P'ra baixo as bochechas da infância---
“Sua terra antiga”, dizem eles, “é muito triste”;
“Nossos jovens pés”, eles dizem, “são muito fracos!”
Alguns passos que temos dado, ainda são cansativos,
Os restos de nossas sepulturas é muito longe p'ra buscar,
Indague ao velho por que choram, e não às crianças;
P'ra terra ao além se 'tá muito frio,
E nós os jovens fora disso, nem estamos desconcertados,
E os túmulos são p'ra quem já é idoso.
"Verdade", dizem os filhos, "pode acontecer
Que morram antes do tempo.
A pequena menina morreu ano passado- o túmulo é moldado
Como u'a bola de neve, na geada.
Nós olhamos p'ra cova preparada p'ra levá-la---
Não havia espaço p'ra qualquer trabalho no barro;
Do sono em qu'ela não irá poder acordar,
Gritando: "levante-se querida! Já é de dia."
Se você ouvir por este túmulo, no Sol e na chuva,
Com o ouvido p'ra baixo, a menina não irá chorar!---
Poderíamos ver seu rosto, certificando de não conhecê-la,
Pois o sorriso terá tempo p'ra crescer em seus olhos---
E jovial em seus momentos, embalada e calada
No sudário, pelo sino da igreja!
É bom que isso aconteça, "dizem os nossos filhos,
"Que nós morremos antes do nosso tempo."
Ai, ai, as crianças! Elas 'tão buscando
A morte na vida, o melhor que puder ter!
Elas 'tão vinculando longe o coração do desapontamento,
Com u'a mortalha na sepultura.
Se vá, crianças, à partir das minas e da cidade---
Cantem, crianças, como apenas o tordo faz---
Arranquem a bonita grama do prado---
Riem em voz alta, p'ra sentirem os dedos tocando-nas!
Mas elas respondem: "as prímulas do prado
Como as ervas daninhas aproximam-se das minhas?
Deixem-nos em silêncio, no escuro das sombras à carvão,
De seus prazeres justos e bons!
"Pois, durante o dia, as rodas 'tão zumbindo, transformando,---
Seu vento vem na nossa cara,---
'Té nossos corações por sua vez,---as cabeças e pulsos queimando,
Transforma o céu em branco numa janela alta e cambaleante,
Acende a luz num comprimento que goteja no muro---
Espante as moscas pretas que se arrastam ao longo do teto---
Todos 'tão se voltando, todo dia, e nós com eles também---
E, durante todo o dia, as rodas de ferro 'tão zunindo;
E às vezes poderíamos orar;
"Oh! Rodas," (saí um gemido louco)
"Parem! Fiquem em silêncio no dia a dia!"
Ai! Fique em silêncio! Deixe ouvir as outras respirações,
Por um momento, boca a boca,---
Deixe que elas se toquem com as mãos, numa nova guirlanda
De sua juventude do oferecimento humano!
Deixe-as sentir qu'este movimento de frio metálico
Não é de longe o modo da vida pela qual Deus nos revela---
Deixe-as provar su'almas p'ra dentro, contra a noção
Que vivem em você, sob você, oh! Rodas---
Ainda sim, durante todo o dia, as rodas de ferro vão p'ra frente,
Moindo numa marca a vida p'ra baixo,
E as almas das crianças, que Deus 'tá chamando em direção ao Sol,
Gira cegamente pelo escuro.
Agora, diga às crianças pobres e jovens, oh! Meus irmãos,
A olhar p'ra Ele e orar---
Então o abençoado, qu'abençoa a todos os outros,
Vai abençoa-los outro dia.
Elas respondem: "quem é o deus que nos ouve,
Branco e apressado nas rodas de ferro tão agitado?
Quando chorar em voz alta, as criaturas humanas perto de nós
Passam, nem ouvem, ou respondem a u'a palavra!
E nós não ouvimos (p'ras rodas de ferro retumbantes)
Estranhos falando na porta:
É provável que Deus, cantando em volta Dele,
Ouve o nosso choro de algum modo?
Duas palavras, de fato, d'uma oração lembramos,
E na hora da meia-noite d'uma iniquidade---
"Pai Nosso", olhando p'ra cima na câmara,
Dizemos suavemente por um encanto.
Sabemos que não há palavras, exceto "Pai Nosso",
E pensamos que, em alguns pausa na música dos anjos,
Deus pode arrebatá-las com o silêncio doce p'ra reuni-las,
E mantenha sua mão direita por perto, que ela é forte.
"Pai Nosso!" Se Ele nos ouviu, Ele certamente
(Por que chamá-lo de bom e calmo)
Responde, sorrindo pro mundo íngreme por inteiro,
"Venham, e descansem comigo, meus filhos."
"Mas não!" dizem os filhos, chorando mais rápido
"Ele é mudo como u'a pedra
E diz à nós, de Sua imagem é o mestre
Que nos manda trabalhar.
Vão!" Dizem os filhos,---elevem-se aos céus,
Escuro, feito u'a roda, transformando em nuvens
A tudo que conseguir encontrar,
Não zombem de nós, a tristeza nos fez incrédulos---
Nós olhamos p'ra Deus, mas as lágrimas nos fizeram cegos."
Você ouve as crianças chorando e refutando,
Oh! Meu irmão, por que haveis de pregar?
Por Deus é ensinada a Sua palavra pelo mundo---
E às crianças em cada dúvida.
E bem pode chorar os filhos antes de você,
Elas 'tão cansados antes mesmo de correrem,
Elas nunca viram a luz do Sol, nem a glória
Que é mais brilhante do que o próprio Sol:
Elas conhecem o sofrimento do homem, mas não a sabedoria;
Afundem-se no desespero do homem, sem a Sua calma---
São escravos, sem a liberdade na cristandade,---
São mártires, pela palma retirada d'angústia,
São usadas, como se a idade, ainda irretratável
E nenhuma lembrança querida se mantém,---
São órfãos do Amor terreno e celestial:
Deixe-as chorar! Deixe-as chorar!
Olham p'ra cima, com os olhos pálidos e fundos,
E seus olhares são tristes de se ver,
Por que você pensa nos anjos e em seus lugares,
Como o olhar significa o mesmo p'ra Deidade;---
"Quanto tempo", dizem eles: "quanto tempo, nação cruel,
Você vai ficar, p'ra mover o mundo, no coração de u'a criança,
Joelhos arqueados de um salto de um corpo em palpitação,
E andará p'ra frente rumo ao seu trono no meio a tentação,
Salpicando de sangue ao redor, oh! Nossos tiranos,
E se mostrará ígneo o caminho percorrido,
Mas os soluços das crianças amaldiçoará no silêncio,
Mais do que o homem forte em toda a sua ira!"
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