sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A Chuva de Verão

  Meus livros desejei concluir, não os pude ler,
  Muda a cada página meu pensamento distraído,
  Para o prado, onde é belo o desejo do saber,
  E não importa a Targe cair ao chão do socorrido.


  Plutarco era bom, e por isso Homer foi também,
  A vida de Shakespeare seria rica novamente,
  O que li de Plutarco, era apenas mero desdém,
  De Shakespeare também, livros de teor indolente.


  Aqui, enquanto me deito debaixo da nogueira,
  O que importa dos gregos de Esparta ou à Troia,
  Se as reais batalhas são promulgadas hoje agora,  
  Entre as formigas no hummock à cata da coroa?


  Homer deve esperar 'té que Eu aprenda a questão,
  Se ao vermelho ou ao preto os deuses preferem,
  Ou lá ia Ajax com sua falange diante da invasão,
  Ganhando espaço na luta sem a nada temerem.


  Diga a Shakespeare p'ra ter algumas horas de lazer,
  Por que agora tenho negócios com a gota de orvalho,
  Mas você não vê, as nuvens carregadas a me esconder;
  Dos raios, tão logo da chuva morna tomarei um banho.


  Essa cama no gramado feita de flocos espalhados,
  No ano passado arrumada melhor do que dum soberano,
  Marcelas ou trevos, ajeito a cabeça e os pés inclinados,
  O travesseiro a agradar a visão mais bela a cada ano.


  E agora as nuvens carregadas se fecham cordialmente,
  E gentilmente sopram o vento p'ra dizer “está tudo bem”,
  As gotas espalhadas caem no meu rosto rapidamente,
  Outras tocam o lago, outras alguma flor ainda virgem.
  
  Estou bem molhado na minha modesta cama de aveia;
  Mas veja que o mundo vem girando 'té aquele caule,
  Agora como um planeta solitário lá ele ousa e flutua,
  E agora deitado vejo-o afundar 'té meu olhar pelo vale.


  Pinga e pinga das árvores p'ra todos países chuvosos,
  A riqueza rara da chuva que é destilada em cada ramo;
  O vento sozinho faz todos os sons em ritmos sinuosos,
  Mexendo nos cristais pelas folhas como um bálsamo.


  Que vergonha o sol nunca querer se mostrar sozinho,
  Que não poderia com seus raios ser tão esquentado;
  Meus cabelos pingando- tornando um Elfo a caminho,
  Pouco falta, indo feliz por que tive um dia consagrado.

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