sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Eu Não Ouso Dizer

  Eu não falo, não traço nem respiro teu nome;
  Não há aflição no som, nem há culpa renome;
  Mas a lágrima que me arde o rosto pode transmitir,
  Os pensamentos da mi'alma hão de repercutir,
  Tão breve a nossa paixão, tão longa p'ra nossa paz,
  Algumas horas- bastante p'ra alegria não ser fugaz,
  Nos arrependemos, abjuramos, rompemos a corrente,-
  Distanciamo-nos, mas tão logo uni-la novamente!
  Ó teu ser descansa alegre e o meu está em vigília culpa,
  O que Eu ocasionei só me faz querer te pedir desculpa,
  Perdoe-me, adoro-a!- Renuncie-me se tu quiseres;
  Mas teu coração se expirará antes de me teres,
  E o homem não deve romper- o que tu quer fazê-lo,
  Rígido p'ra altivez, tampouco servirá p'ra unifica-lo,
  O que nessa alma dorme a mais escuridão amarga será;
  É o dia que passa rápido e momento doce algum haverá,
  Contigo ao teu lado, o mundo parece estar aos nossos pés,
  Um suspiro de tua tristeza, ou um olhar de amor ao invés,
  Deve ser o bastante p'ra me corrigir ou me reprovar,
  E insensível poderá admirar aquilo pela qual Eu renuncio-
  Teus lábios hão de responder, tirando-me deste vazio.

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