Eu não falo, não traço nem respiro teu nome;
Não há aflição no som, nem há culpa renome;
Mas a lágrima que me arde o rosto pode transmitir,
Os pensamentos da mi'alma hão de repercutir,
Tão breve a nossa paixão, tão longa p'ra nossa paz,
Algumas horas- bastante p'ra alegria não ser fugaz,
Nos arrependemos, abjuramos, rompemos a corrente,-
Distanciamo-nos, mas tão logo uni-la novamente!
Ó teu ser descansa alegre e o meu está em vigília culpa,
O que Eu ocasionei só me faz querer te pedir desculpa,
Perdoe-me, adoro-a!- Renuncie-me se tu quiseres;
Mas teu coração se expirará antes de me teres,
E o homem não deve romper- o que tu quer fazê-lo,
Rígido p'ra altivez, tampouco servirá p'ra unifica-lo,
O que nessa alma dorme a mais escuridão amarga será;
É o dia que passa rápido e momento doce algum haverá,
Contigo ao teu lado, o mundo parece estar aos nossos pés,
Um suspiro de tua tristeza, ou um olhar de amor ao invés,
Deve ser o bastante p'ra me corrigir ou me reprovar,
E insensível poderá admirar aquilo pela qual Eu renuncio-
Teus lábios hão de responder, tirando-me deste vazio.
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