quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

À Sós Com o Desespero


Ao anoitecer Eu m'encontrei num pântano,
Que a visão poderia sustentar a escassez:
A pobre terra negra, traça corajosa o contorno,
Era intratável com as dores.

Esta é a cena, como a minha vida”, Eu disse
É u'a das trevas que se deve tolerar”;
Enfraquecida pelo destino da qual sentisse
Sem luz alguma à procurar.

Num relance olhei, o prazer capturado
P'ra ver o contraste lá;
A nuvem no lance sombrio e carregado,
Penso que “consolo algum há”.

Então numa auto-recriminação, Eu imaginei
Estar lidando silenciosamente
Com u'a perversa, e na qual cobicei;
(U'a) sem graça rebelião agonizante.

Contra a roda que ofusca o horizonte
Sem discernir a forma, cheia de bolor,
Aquilo era horrível, desamparado na ponte
Senti apodrecer a fé ante ao temor.

'Té um ponto morto, a mentira foi pela luz
P'ra sombras!” resmungou a Coisa,
Não, se puder olhar pro alto!” E me pus
Replicando na intenção duma nova pesquisa.

Claro- mas espere um pouco, gritou Ele-
Olhe no ar agora e veja!”
Olhei. Se sentou diante da noite daquele
Jeito efêmero. Depois se foi com inveja. 

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