Ao anoitecer Eu m'encontrei num pântano,
Que a visão poderia sustentar a escassez:
A pobre terra negra, traça corajosa o contorno,
Era intratável com as dores.
“Esta é a cena, como a minha vida”, Eu disse
“É u'a das trevas que se deve tolerar”;
Enfraquecida pelo destino da qual sentisse
Sem luz alguma à procurar.
Num relance olhei, o prazer capturado
P'ra ver o contraste lá;
A nuvem no lance sombrio e carregado,
Penso que “consolo algum há”.
Então numa auto-recriminação, Eu imaginei
Estar lidando silenciosamente
Com u'a perversa, e na qual cobicei;
(U'a) sem graça rebelião agonizante.
Contra a roda que ofusca o horizonte
Sem discernir a forma, cheia de bolor,
Aquilo era horrível, desamparado na ponte
Senti apodrecer a fé ante ao temor.
“'Té um ponto morto, a mentira foi pela luz
P'ra sombras!” resmungou a Coisa,
“Não, se puder olhar pro alto!” E me pus
Replicando na intenção duma nova pesquisa.
“Claro- mas espere um pouco, gritou Ele-
“Olhe no ar agora e veja!”
Olhei. Se sentou diante da noite daquele
Jeito efêmero. Depois se foi com inveja.
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