terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Onde Minh'alma É Feliz


Meu amado irmão
Pense com afeição
Já que estarei, em romagem,
Conhecendo alegre,
Conhecendo-me acre
No recanto que tem tua imagem!
As nuvens aveludadas
Pelas gotas suavizadas
São da chuva que tanto procuro
Calado e perseverante
Apenas compreendendo
Ainda magoado meu eu obscuro.

Mas lá, reina a calmaria,
Paz, em repleta harmonia.

Os relicários perdidos,
Foram mal empregados,
Pois resguardariam a pureza;
As águas bentas cuspidas
Pelas bocas intumescidas
Forma uma poça de tal vileza.

Cúpulas em excelso,
Afastam o teu amuo,
Provindas dalgum oriente,
Resvala-me a alma
Pelo ermo que ama
Deste doce Éden indolente.

Mas lá, reina a calmaria,
Paz, em repleta harmonia.

Vê sobre os juncais,
À ofertar esponsais
A vida que te ama eternamente;
Enquanto atendem
Seu anso também,
Se acaso o fim for precocemente.
Das frias catedrais,
Soam sons guturais,
Vertendo orações, pela cidade,
E em sua aura comove;
O mundo que se move,
Silente ou não pela rivalidade.

Mas lá, reina a calmaria,
Paz, em repleta harmonia.

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