segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Balada do Zéfiro



Eu escondi meu coração num ninho de rosas,
Longe do brilho do sol, tão bem escondido,
Numa cama macia, tanto quanto as silenciosas
Rosas sob a neve do meu coração protegido.
Por que ele não dorme? Porque deveria iniciar,
Quando nenhuma roseira tivesse-o esquecido?
O que o fez dormir ao vibrar suas asas devagar?
Apenas a canção de um pássaro em segredo.

Fico ainda, Eu disse, p'ra que o vento nas dobras,
Leve ao zéfiro o abafo do sol que aponta o dardo,
Fico, porque o vento quente cochila em águas rasas,
E o vento é inquieto como o seu hálito consumido.
Será que ambos provocam feridas ao se desabrochar?
Será que a presa ao ser levada tem seu dom adiado?
Não demonstra nos lábios o seu eólico dispersar?
Apenas a canção de um pássaro em segredo.

O nome desta região esverdeante é como das pérolas,
Jamais escrito por algum viajante enfraquecido,
Na estadia por entre as doces mordidas das frutas,
Que nunca foram vendidas num mercado atulhado.
Os pássaros dos sonhos vagam pelo campo ao revoar,
E dormem na copa ao tom prazeroso pro ouvido,
Note na mata virgem o descanso e o despertar,
Apenas a canção de um pássaro em segredo.


Envoi


No meu mundo dos sonhos que ao me ofertar,-
Fui desperto de um sono na estação do conhecido
E musical verdadeiro amor ou da arte de amar;
Apenas a canção de um pássaro em segredo.

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