domingo, 5 de fevereiro de 2012

Sonho d'Amor

 
  Um jovem amor dorme
  No mês de maio do ano,
  Entre os lírios,
  Banhados à luz delicada:
  Cordeiros brancos vem do pastoreio,
  Pombas brancas constroem lá,
  E ao redor dela
  As flores-de-maio são brancas.

  Musgo macio do travesseiro 
  Por um oh! Uma suave bochecha;
  Leves folhas lançam as sombras,
  Sobre os olhos pesados:
  Há vento e as águas
  Crescem embaladas e pouco falam,
  O crepúsculo tarda
  O mais longe no céu.

  Jovem amor está sonhando;
  Mas quem deve contar o sonho?
  A luz do sol perfeito,
  Na floresta de tom embolorado,
  Ou luar perfeito
  Acima do córrego apressado,
  Ou o silêncio perfeito,
  Ou a música de lábios acarinhados.

  Queima odores à sua volta
  Para encher o ar sonolento;
  Danças tecem em silêncio
  Em torno dela de lá e para cá;
  Por um oh! Em vigília
  Os lugares não são formosos,
  E a música e o silêncio
  Não são como esses abaixo.

  Jovem amor está sonhando
  Até os dias do verão se forem,-
  Sonhando e cochilando
  Distante do sono perfeito:
  Ela vê a beleza
  Que o Sol não tem olhado,
  E gostos da fonte
  Indizivelmente profundos.

  Ela é a música perfeita
  Que faz na quietude do seu descanso,
  E através da pausa
  O perfeito acalma o silêncio,
  Oh! Pobres as vozes
  Da terra de leste a oeste,
  E a quietude pobre da terra
  Entre suas imponentes palmeiras.

  Jovem amor está adormecida
  Distante da sonífera morte;
  Sombras frescas aprofundam
  Em todo o rosto adormecido,
  Então cai o verão
  Com a respiração quente e deliciosa,
  E o que o outono tem
  Para nos dar em seu lugar?

  Aproxime as cortinas
  Da sempre-viva ramificada;
  A mudança não poderá toca-la
  Com os dedos enfraquecidos e secos:
  Primeiro as violetas
  Talvez com o botão-de-flor invisível,
  E uma pomba, pode ser,
  Retornaram aninhadas aqui.

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