Espírito soturno, dantes lutava tanto,
A confiança, um dia te instigou perseverar,
Não te visita mais! Fecha a porta sem olhar,
Como casa inabitável pelo abatimento.
Resigne-se, minh'alma, ao medonho espanto.
Espírito abatido! A nume a lhe espreitar
Acanhada não te seduz, esconde o recato,
E vingando-se desvenda a Dor com seu tato;
Carícia, cesse as gotas dessa fronte a suar!
Errou-se no caminho, tomada de sobressalto!
A Morte dia a dia aperta o nó do pacto,
Como o angustiado no frio a lhe causticar,
Os órgãos gerados, forçando a se revigorar,
E que acorde desse sono e se torne cauto.
Vais, levar-me, mesmo 'stando eu atento!
Felipe Valle
Felipe Valle
Nenhum comentário:
Postar um comentário