sábado, 11 de fevereiro de 2012

A Morte a Tudo Cala!

  
Espírito soturno, dantes lutava tanto,
  A confiança, um dia te instigou perseverar,
  Não te visita mais! Fecha a porta sem olhar,
  Como casa inabitável pelo abatimento.

  Resigne-se, minh'alma, ao medonho espanto.

  Espírito abatido! A nume a lhe espreitar
  Acanhada não te seduz, esconde o recato,
  E vingando-se desvenda a Dor com seu tato;
  Carícia, cesse as gotas dessa fronte a suar!

  Errou-se no caminho, tomada de sobressalto!

  A Morte dia a dia aperta o nó do pacto,
  Como o angustiado no frio a lhe causticar,
  Os órgãos gerados, forçando a se revigorar,
  E que acorde desse sono e se torne cauto.

  Vais, levar-me, mesmo 'stando eu atento!


Felipe Valle

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