sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Paixões do Crepúsculo



  Como é belo o Sol erguido no céu sorridente,
  E com sua centelha nos lança seu bom-dia.
  — Bendito aquele que pode com sua alegria
  Felicitar a plenos pulmões o excelso poente.


  Rememoro-me! Eu vi a flor, arrimada na fonte,
  Mirrar sob a fulgência da minha pupila ardida...
  — Vamos admirar ao pôr-do-sol à toda brida,
  P'ra quem sabe abraçar seu raio no horizonte.


  Mas eu insisto em vão em evocar a Paixão,
  A inelutável Noite, acompanhou esta afeição...
  Vultuosa, aziaga, erma de consolo e fulgor.


  Um eflúvio do jazigo pelas trevas emanou,
  E por entre o palude cabisbaixo se dissipou,
  A esperança fugidia, rechaçada pelo langor!

Nenhum comentário:

Postar um comentário