quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Olhar Sombrio


  Havia reservado o melhor para o final,
  E d'um olhar atilado, símile a violácea
  Presença, revia a parte d'alma vazia...
  Antecipando os nuances da Dor eternal.

  Apontava com a mão p'ra esta miséria:
  — Não hei de orar... Alcançando o umbral!
  Conquanto o réquiem firme e celestial,
  Ressoe inabalável seu canto co' energia.

  A morada era atingida, por entre a canção,
  Sombreada na espera, de tua aparição...
  — Enfim dormiria serena, pelo evo negro.

  Sufraguei enfim, próximo da imensidade;
  — Amor — nossos olhos virão a eternidade,
  E meu canto há de atravessar teu espectro!

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